O diabetes mellitus tipo 2 é uma das condições crônicas mais prevalentes na prática clínica, com impacto significativo na morbimortalidade da população e na sobrecarga dos sistemas de saúde. Sua associação direta com complicações macro e microvasculares, além de sua alta incidência em diferentes faixas etárias, faz com que seja um tema recorrente nas provas de residência médica.
Em fevereiro de 2025, a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) publicou uma nova diretriz oficial com atualizações importantes nos critérios de rastreio e diagnóstico do diabetes mellitus. Essas modificações refletem avanços recentes na compreensão da doença e visam melhorar a acurácia diagnóstica, a precocidade do rastreio e a conduta clínica baseada em evidências.
Para o candidato à residência médica, estar atualizado com essas mudanças é fundamental. A nova diretriz da SBD traz alterações que têm alta probabilidade de aparecer nas provas — desde a introdução de novos exames até mudanças nos valores de corte e algoritmos de decisão clínica.
Este artigo tem como objetivo apresentar, de forma estruturada e clara, os principais pontos da diretriz de 2025 da SBD, com foco naquilo que pode ser cobrado em exames de residência médica. Ao final da leitura, o leitor terá um panorama completo do tema e estará preparado para reconhecer e aplicar os novos critérios em situações clínicas e em questões teóricas.
O que mudou nas diretrizes da SBD 2025
A atualização das diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), publicada em fevereiro de 2025, trouxe mudanças relevantes nos critérios de rastreio e diagnóstico do diabetes mellitus tipo 2. Essas modificações refletem avanços no entendimento da fisiopatologia da doença, bem como a incorporação de novos parâmetros com maior sensibilidade e aplicabilidade prática.
Entre os principais pontos que diferenciam a nova diretriz das versões anteriores, destacam-se:
1. Inclusão do teste oral de tolerância à glicose (TOTG) com leitura de 1 hora
Historicamente, o TOTG era utilizado com dosagem da glicemia após duas horas da sobrecarga oral de glicose. A nova diretriz, entretanto, introduz a leitura da glicemia após 1 hora, que demonstrou, segundo a própria SBD, maior sensibilidade, melhor custo-benefício e maior comodidade para o paciente e para os serviços de saúde. Essa mudança representa uma evolução importante nos métodos diagnósticos disponíveis.
2. Novas faixas de corte para a glicemia de 1 hora
A diretriz agora define claramente os valores de referência para o teste oral de tolerância com leitura em 1 hora:
- Glicemia < 155 mg/dL → normal
- Glicemia entre 155–208 mg/dL → pré-diabetes
- Glicemia ≥ 209 mg/dL → diagnóstico sugestivo de diabetes mellitus
É importante ressaltar que, mesmo diante de uma glicemia alterada, o diagnóstico só é confirmado quando há dois exames com resultados compatíveis com diabetes, exceto em situações específicas.
3. Aplicação do questionário FINDRISC como ferramenta de rastreio
Outra importante inovação da diretriz de 2025 é a incorporação do score FINDRISK (Finnish Diabetes Risk Score) como ferramenta para estratificação de risco de desenvolvimento de diabetes nos próximos 10 anos. O score, baseado em critérios clínicos e antropométricos, passou a ser recomendado como parte integrante da avaliação inicial em determinadas populações.
4. Alterações na periodicidade do rastreio e nas recomendações para grupos específicos
A nova diretriz também atualiza as recomendações sobre quem deve ser rastreado, com que frequência e em quais circunstâncias clínicas. A faixa etária de rastreio, os fatores de risco associados e as condutas diante de exames isoladamente alterados foram todos revistos, com destaque para:
- Indicação universal de rastreio a partir dos 35 anos
- Rastreio em indivíduos mais jovens somente na presença de sobrepeso ou obesidade associado a fatores de risco adicionais
- Diferenciação clara entre condutas para pacientes com risco baixo, moderado ou alto, conforme o escore FINDRISC
Estas mudanças não apenas atualizam a conduta médica frente ao diabetes, como também devem ser amplamente exploradas pelas bancas de residência médica, especialmente em questões que exigem raciocínio clínico e interpretação de diretrizes.
Exames recomendados para rastreio e diagnóstico
A diretriz da SBD 2025 reafirma a importância de uma abordagem diagnóstica estruturada e baseada em evidências para o diabetes mellitus tipo 2, incorporando métodos consagrados e introduzindo atualizações relevantes. O objetivo é aumentar a sensibilidade do rastreio e reduzir o subdiagnóstico, sem comprometer a praticidade e o custo-benefício dos exames laboratoriais.
Glicemia de jejum
A glicemia de jejum permanece como exame inicial de escolha, devido à sua ampla disponibilidade e custo acessível. Ela fornece uma estimativa basal da glicemia plasmática e continua sendo recomendada como parte da triagem padrão. Seus valores de referência seguem inalterados:
- Normal: < 100 mg/dL
- Pré-diabetes: 100–125 mg/dL
- Diabetes: ≥ 126 mg/dL (em pelo menos duas amostras diferentes, exceto em casos de sintomas clássicos)
Hemoglobina glicada (HbA1c)
A hemoglobina glicada também permanece como um dos pilares diagnósticos, permitindo uma avaliação retrospectiva da média glicêmica nos últimos 2 a 3 meses. Por ser pouco afetada por variações pontuais da glicemia, é especialmente útil na avaliação de risco crônico.
- Normal: < 5,7%
- Pré-diabetes: 5,7% a 6,4%
- Diabetes: ≥ 6,5% (em duas amostras ou associada a outro exame alterado)
TOTG com leitura de 1 hora (TOTG-1h)
A principal inovação da diretriz de 2025 é a valorização do teste oral de tolerância à glicose com leitura da glicemia após 1 hora (TOTG-1h). Até então, o TOTG tradicional era realizado com leitura em 2 horas, mas a nova diretriz evidencia vantagens significativas da abordagem de 1 hora:
- Maior sensibilidade diagnóstica
- Redução do tempo de permanência do paciente no laboratório
- Menor custo operacional
- Melhor conforto e adesão
Valores de referência do TOTG-1h:
- Glicemia < 155 mg/dL → normal
- Glicemia entre 155–208 mg/dL → pré-diabetes
- Glicemia ≥ 209 mg/dL → sugestivo de diabetes (necessita confirmação com segundo exame alterado)
A diretriz destaca ainda que, sempre que possível, a solicitação de dois exames no mesmo momento (por exemplo, glicemia de jejum e hemoglobina glicada) é recomendada, pois facilita a aplicação do algoritmo diagnóstico e agiliza a tomada de decisão clínica.
Novos valores de corte: glicemia e TOTG
Um dos pontos centrais da diretriz da SBD 2025 é a atualização dos valores de referência para diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2, com destaque para a incorporação dos critérios relacionados ao teste oral de tolerância à glicose com leitura de 1 hora (TOTG-1h).
A seguir, apresentamos os principais valores de corte atualizados, que orientam o diagnóstico e a classificação do paciente nas categorias de normalidade, pré-diabetes e diabetes.
Glicemia de jejum
Os critérios para glicemia de jejum permanecem os mesmos:
- Normal: < 100 mg/dL
- Pré-diabetes: 100 a 125 mg/dL
- Diabetes: ≥ 126 mg/dL (em duas ocasiões, ou associado a outro exame alterado)
Hemoglobina glicada (HbA1c)
- Normal: < 5,7%
- Pré-diabetes: 5,7% a 6,4%
- Diabetes: ≥ 6,5% (confirmado por repetição ou outro teste compatível)
TOTG com leitura de 1 hora (TOTG-1h)
A novidade mais relevante nas diretrizes de 2025 é a inclusão do TOTG-1h como alternativa diagnóstica válida. Seu uso é especialmente indicado em cenários de dúvida diagnóstica, risco elevado, ou quando os demais testes fornecem resultados inconclusivos.
- Normal: < 155 mg/dL
- Pré-diabetes: 155 a 208 mg/dL
- Diabetes: ≥ 209 mg/dL (exame alterado, requer confirmação por segundo teste)
É fundamental lembrar que, exceto em situações específicas (como glicemia ao acaso ≥ 200 mg/dL com sintomas clássicos), o diagnóstico de diabetes requer dois exames alterados, independentemente de quais sejam.
Esses valores atualizados são altamente passíveis de cobrança em provas de residência, especialmente por envolverem um teste laboratorial com maior acurácia, menor custo e maior viabilidade de implementação em serviços públicos e privados.
Critérios atualizados para indicar rastreio
A diretriz da SBD 2025 reforça que o rastreio do diabetes mellitus tipo 2 não deve ser realizado de forma indiscriminada. A nova recomendação estabelece critérios mais objetivos e estratificados para indicar quando e em quem iniciar a investigação da doença.
As atualizações envolvem tanto a idade de início do rastreio universal, quanto a definição de cenários específicos que justificam o rastreio precoce, especialmente em pacientes com múltiplos fatores de risco.
Rastreamento universal a partir dos 35 anos
Indivíduos com idade igual ou superior a 35 anos devem ser submetidos ao rastreio para diabetes mellitus tipo 2, independentemente de outros fatores de risco. Essa é uma recomendação sólida, que visa detectar casos subclínicos em estágios precoces da doença.
Rastreio antes dos 35 anos: critérios obrigatórios
Para indivíduos com menos de 35 anos, o rastreio é indicado somente na presença de sobrepeso ou obesidade, associados a pelo menos um fator de risco adicional. Os fatores de risco considerados são:
- História familiar de diabetes tipo 2 em parente de primeiro grau
- Hipertensão arterial sistêmica
- Dislipidemia (HDL baixo ou triglicerídeos elevados)
- Doença cardiovascular estabelecida
- Síndrome dos ovários policísticos
- Presença de acantose nigricans
- História prévia de hiperglicemia (em exames de rotina ou durante a gestação)
- Uso de medicações anti-hipertensivas
- Circunferência abdominal aumentada, conforme os critérios da síndrome metabólica
- Sedentarismo
- Alimentação de baixa qualidade nutricional
A diretriz destaca que esses fatores são considerados intuitivos e que o raciocínio clínico deve prevalecer na decisão de iniciar o rastreio, mesmo na ausência de idade avançada.
Condutas especiais
Além das recomendações acima, o rastreio deve ser considerado ou mantido em:
- Mulheres com história de diabetes gestacional
- Mulheres com histórico de recém-nascido grande para a idade gestacional
- Indivíduos já identificados como pré-diabéticos (rastreio anual)
- Indivíduos com escore FINDRISC alto ou muito alto
O papel do escore FINDRISC
Uma das principais inovações da diretriz da SBD 2025 é a incorporação do FINDRISC (Finnish Diabetes Risk Score) como ferramenta auxiliar no rastreio do diabetes mellitus tipo 2. Este escore foi desenvolvido originalmente na Finlândia, mas tem sido validado em diversas populações e agora passa a fazer parte das recomendações oficiais da SBD como instrumento de estratificação de risco para desenvolvimento de diabetes em 10 anos.
O que é o FINDRISC?
O FINDRISC é um questionário clínico composto por oito itens simples, baseados em características pessoais, histórico médico e hábitos de vida. Cada item possui uma pontuação específica, e a soma total indica o risco estimado de o paciente desenvolver diabetes tipo 2 na próxima década.
Componentes do escore:
- Idade
- Índice de massa corporal (IMC)
- Circunferência abdominal
- Nível de atividade física regular
- Consumo diário de frutas, legumes e grãos
- Histórico de uso de medicamentos anti-hipertensivos
- História prévia de hiperglicemia
- História familiar de diabetes (em parente de primeiro grau ou não)
Classificação do risco de acordo com a pontuação:
- < 7 pontos: risco baixo
- 7 a 11 pontos: risco levemente elevado
- 12 a 14 pontos: risco moderado
- 15 a 20 pontos: risco alto
- > 20 pontos: risco muito alto
A diretriz recomenda atenção especial aos pacientes classificados como risco alto (15 a 20 pontos) ou muito alto (> 20 pontos), pois esses indivíduos têm probabilidades superiores a 30% de desenvolver diabetes em 10 anos.
Aplicação prática na triagem
Indivíduos com escore FINDRISC elevado devem ser submetidos ao rastreio mesmo que apresentem exames laboratoriais iniciais normais (como glicemia de jejum e hemoglobina glicada). Nesses casos, a diretriz orienta a complementação com o TOTG de 1 hora, o que aumenta a chance de diagnóstico precoce em pacientes de alto risco.
A integração do FINDRISC ao algoritmo de rastreio reforça uma abordagem mais personalizada, eficiente e fundamentada em fatores preditivos reais, especialmente útil para populações jovens ou com múltiplos fatores de risco que não se encaixam em critérios tradicionais de triagem.
Como o novo algoritmo da SBD funciona
A diretriz da SBD 2025 apresenta um algoritmo diagnóstico mais estruturado, com fluxos claros para tomada de decisão clínica, que consideram múltiplos cenários laboratoriais e o contexto clínico do paciente. O objetivo é garantir maior precisão no diagnóstico, evitando tanto o subdiagnóstico quanto o uso indevido de recursos.
O algoritmo parte da premissa de que dois exames alterados são, na maioria dos casos, necessários para o diagnóstico definitivo de diabetes, com exceções bem definidas.
1. Dois exames alterados na faixa de diabetes
Nos casos em que dois testes laboratoriais distintos (por exemplo, glicemia de jejum ≥ 126 mg/dL e hemoglobina glicada ≥ 6,5%) estiverem na faixa diagnóstica para diabetes, o diagnóstico está confirmado. A conduta é iniciar imediatamente as medidas de mudança no estilo de vida (MEV) e tratamento farmacológico, conforme avaliação clínica.
2. Apenas um exame alterado na faixa de diabetes
Quando apenas um dos exames está alterado (por exemplo, apenas a glicemia de jejum ≥ 126 mg/dL), a recomendação é:
- Repetir o mesmo teste alterado, ou
- Realizar um exame adicional (como o TOTG de 1h)
Se o segundo teste também vier alterado, o diagnóstico é confirmado. Caso o segundo teste venha normal, o paciente deve ser considerado de alto risco e reavaliado em 6 meses, pois pode estar em transição para diabetes.
3. Exames com resultados na faixa de pré-diabetes
Nos casos em que a glicemia de jejum (100–125 mg/dL) e/ou a hemoglobina glicada (5,7–6,4%) estão na faixa de pré-diabetes, a conduta recomendada é realizar o TOTG com leitura de 1 hora, que definirá a categoria final:
- TOTG normal → manutenção de MEV e reavaliação em 3 anos (caso de baixo risco) ou 1 ano (se houver fatores de risco adicionais)
- TOTG na faixa de pré-diabetes → MEV e rastreio anual
- TOTG compatível com diabetes (≥ 209 mg/dL) → repetir o teste para confirmação
4. Exames laboratoriais normais com alto risco clínico
Mesmo na presença de glicemia de jejum e hemoglobina glicada dentro da normalidade, pacientes com FINDRISC alto ou muito alto, ou com três ou mais fatores de risco clínico, devem realizar o TOTG de 1 hora. Esse exame pode revelar alterações não detectadas pelos métodos convencionais.
5. Rastreio negativo em pacientes de baixo risco
Pacientes com exames laboratoriais normais e FINDRISC baixo, sem múltiplos fatores de risco, podem ser reavaliados em até 3 anos, desde que mantenham boas práticas de saúde e não apresentem mudanças clínicas significativas.
6. Periodicidade recomendada
A diretriz define com clareza a frequência ideal do rastreio:
- Pré-diabetes confirmado: reavaliação anual
- Alto risco clínico ou FINDRISC elevado: reavaliação anual
- Um exame alterado não confirmado: reavaliação semestral
- Rastreio normal + baixo risco: reavaliação a cada 3 anos
Este algoritmo torna o processo decisório mais racional e ajustado ao perfil de risco de cada paciente, e deve ser conhecido por candidatos à residência médica, uma vez que já tem sido explorado em questões recentes.
Aplicação prática: cenário clínico e questão comentada
Além do domínio teórico, o sucesso nas provas de residência médica exige do candidato a capacidade de aplicar diretrizes atualizadas a cenários clínicos contextualizados. A seguir, apresentamos um caso clínico com base na diretriz da SBD 2025, seguido de uma questão objetiva e sua resolução comentada.
Caso clínico
Uma paciente de 33 anos comparece à unidade de saúde para consulta de rotina. Ela relata histórico familiar de diabetes mellitus tipo 2 (mãe e avó materna), é sedentária, apresenta ganho ponderal progressivo nos últimos anos e possui índice de massa corporal (IMC) de 29 kg/m². Sua circunferência abdominal é de 95 cm. Ao aplicar o questionário FINDRISC, a pontuação obtida é de 15, o que corresponde a risco alto para desenvolvimento de diabetes nos próximos 10 anos. A paciente nega sintomas de hiperglicemia.
Pergunta
Sobre o rastreio e diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 neste caso, é correto afirmar:
A) O rastreio está indicado apenas pela idade da paciente, que se aproxima do limiar recomendado pela SBD.
B) O rastreio está indicado unicamente pela presença de sobrepeso.
C) O rastreio está indicado devido à combinação de sobrepeso e escore FINDRISC elevado.
D) O rastreio não está indicado, pois a paciente é assintomática.
E) O rastreio está indicado, e deve ser realizado semestralmente devido ao risco elevado.
Resolução comentada
A paciente tem menos de 35 anos, o que afasta a recomendação universal de rastreio. No entanto, ela apresenta sobrepeso (IMC = 29) e um fator de risco adicional, o que já justificaria a triagem conforme os critérios da diretriz da SBD 2025. Além disso, a presença de risco elevado pelo escore FINDRISC (15 pontos) reforça ainda mais a necessidade de investigação.
A alternativa C é a correta, pois considera a combinação dos dois fatores mais relevantes para este grupo etário.
A alternativa A está incorreta, pois a idade isoladamente (< 35 anos) não justifica rastreio.
A alternativa B está incorreta porque o sobrepeso, sem outro fator de risco, não é suficiente.
A alternativa D desconsidera que o diabetes é frequentemente assintomático.
A alternativa E erra ao indicar rastreio semestral: esse intervalo só é recomendado quando há um exame alterado que não foi confirmado.
Esse tipo de questão exige conhecimento da diretriz atualizada, capacidade de interpretar algoritmos diagnósticos e atenção aos detalhes clínicos — competências centrais para quem busca uma vaga na residência médica.
Resumo final: o que guardar para a prova de residência
A diretriz da SBD 2025 trouxe modificações relevantes que impactam diretamente a forma como o rastreio e o diagnóstico do diabetes tipo 2 devem ser conduzidos na prática clínica. Para o estudante que está se preparando para as provas de residência médica, compreender essas atualizações não é apenas uma questão de estar em dia com a literatura: trata-se de garantir pontos importantes em temas clássicos que vêm sendo cobrados com enfoque atualizado.
A seguir, listamos os principais pontos que você deve memorizar:
1. TOTG com leitura de 1 hora
- Novo exame incluído na diretriz
- Mais sensível, mais rápido e mais viável que a versão com leitura em 2 horas
- Deve ser solicitado especialmente em casos de dúvida diagnóstica e em pacientes com risco elevado
2. Novos valores de corte
- TOTG-1h ≥ 209 mg/dL sugere diabetes
- Faixa de pré-diabetes: 155–208 mg/dL
- Lembre-se: é necessário confirmar com um segundo exame alterado
3. FINDRISC como ferramenta oficial
- Aplicação recomendada em pacientes com fatores de risco ou exames normais, mas com histórico clínico sugestivo
- Pontuação ≥ 15 indica risco alto
- Usado para guiar conduta mesmo em pacientes sem exames laboratoriais alterados
4. Novos critérios para iniciar rastreio
- Rastreio universal a partir dos 35 anos
- Antes dos 35 anos: rastreio só se houver sobrepeso/obesidade + fator de risco
- Exames recomendados: glicemia de jejum, hemoglobina glicada e, quando necessário, TOTG-1h
5. Condutas conforme os cenários
- Dois exames alterados → diagnóstico confirmado
- Um exame alterado → repetir o mesmo ou solicitar outro teste
- Pré-diabetes → TOTG-1h
- Exames normais + FINDRISC alto → complementar com TOTG-1h
- Periodicidade: 6 meses (dúvida diagnóstica), 1 ano (alto risco ou pré-diabetes), 3 anos (baixo risco)
O domínio desses pontos garante uma base sólida tanto para a interpretação de cenários clínicos quanto para a resolução segura de questões teóricas. Trata-se de um conteúdo que une conhecimento técnico, atualização e aplicação prática — exatamente o perfil de cobrança das bancas mais exigentes.
Preparação sólida exige atualização constante
Estar em dia com as diretrizes mais recentes, como a da SBD 2025, é fundamental não apenas para uma prática clínica segura, mas também para garantir desempenho de excelência nas provas de residência médica.
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